quinta-feira, 7 de junho de 2012

1. Apresentação

1. Povo sem história é povo sem passado
"Tudo que faz parte da historia, deveria ser cultuado. 
Igualmente, o verso da medalha deveria ser preservado como contraponto para julgamento da historia.
Entendo que a história, não nos diminui e nem exalta. Antes, mostra erros e acertos humanos que muito mais que paixões momentâneas o tempo julga.
É uma pena que o esforço de tantos heróis, caia no esquecimento. É uma pena que meias verdades se apresentem como verdade.
Com isso ficamos sujeitos a repetir os mesmos erros do passado indefinidamente.
Povo sem historia é povo sem passado."
—Rubens Rossini – 06 de março de 2012— 

2. Resgate da história

"Os memorialistas Celso Prado e Junko Prado estão lançando dentro de alguns dias o livro "Santa Cruz do Rio Pardo – Historiografia para o Século XIX" com previsão de três edições distintas. Na verdade, efetivar a publicação em livro visa atender as formalizações para resguardar direitos autorais, afinal a ampla obra já vem sendo disponibilizada na internet e é de domínio público com milhares de acessos pelos internautas. É exemplo de cidadania.
Esse trabalho de garimpagem começou como hobby, após a aposentadoria do casal, e é referência atualmente no estado e até no País. Acompanhei de perto a carreira de pesquisador amador dos dois, passei a conhecê-los a partir de um episódio de "perseguição" na gestão de Adilson Mira. Como jornalista, quando trabalhei no DEBATE, fui cobrir a apreensão de medicamentos com validade vencida pela Polícia Militar no Centro Odontológico no Colégio Ave Maria, acompanhada na época pelos vereadores Nenê Mamona e José Antonio Fonçatti. O punido foi a dentista que nada tinha a ver com incompetência da pasta, por sinal até hoje tem como titular a farmacêutica Luizete Alexandre Pereira que se mantém no cargo num 'rearranjo político', cujo cargo é na prefeitura de São Paulo, onde é concursada.
Em uma "canetada" do autoritarismo, a dentista Junko Sato foi transferida de Santa Cruz para Assis, a poucos anos para se aposentar, causando transtornos de ordem pessoal. Foi obrigado a um "exílio" forçado em Paraguaçu Paulista, cidade próxima à Regional de Assis, até retornar a Santa Cruz, após a aposentadoria. Só lembro do episódio, para que essa política arbitrária não se repita mais, típica da pequenez dos políticos locais.
O importante é que Prado e Sato possibilitaram trazer uma série de dados históricos importantes para o município e região. Os dois foram a fundo em certidões de óbitos, documentos, atas, visitaram cartórios de registros civil, de imóveis, consultaram via internet arquivos públicos, percorreram prefeituras da região, pesquisaram antigas edições de jornais locais e paulistanos.
Infelizmente, um trabalho dessa envergadura deveria ter ajuda oficial, mas, no entanto, nossos gestores ainda têm como prioridade o "cabide de emprego" e obras pontuais com recursos do governo paulista. Essa independência dos memorialistas, no entanto, só deu qualidade às pesquisas.
Importante salientar que o livro terá uma tiragem distribuída gratuitamente a bibliotecas, escolas, instituições e fundações da cidade e região. Haverá, ainda, uma edição digital, ampliada, não se limitando apenas ao século XIX. O livro traz informações sobre as primeiras casas, os primeiros fazendeiros e moradores e a localização exata de alguns prédios públicos, tudo baseado em documentos oficiais pesquisados na Assembleia Legislativa e Diário Oficial.
Os memorialistas usam instrumentos modernos da tecnologia da informação. A todo momento são corrigidos dados diretamente na página eletrônica — Celso Prado é rigoroso e busca a precisão como quem persegue a perfeição. Na última semana, por exemplo, novo achado para a historiografia do município: o suicídio do coronel João Baptista Botelho teve razões políticas e problemas envolvendo improbidade administrativa. Triste sina desta cidade.
Apesar de ser uma cidade centenária, Santa Cruz do Rio Pardo está perdendo todo seu acervo. É graças a pessoas como o casal Prado e Sato que tem sido possível recuperar parte da história. No Museu Municipal por exemplo tem uma ampla coleção de discos de vinil. Se tivesse gente séria na administração elaboraria um projeto para fazer a digitalização de todo esse acervo e disponibilizava na internet. Também buscaria recursos junto aos governos federal e estadual para criação de um arquivo municipal, mas com profissionais contratados por concurso público, para digitalização de jornais, filmes e todo material áudio visual. Tudo com regras e lei aprovada pela Câmara. Não o que recentemente um político se gabou ao escrever em carta a este jornal "como obra de resgate da cultura" (algo hilariante) a de promover concurso de fotografia para exibi-los no museu." 
— Aurélio Alonso (Bauru-SP, Debate: 1617, 01/04/2012) —

3. Manifestos dos autores - em 2012:
Os autores não se identificam memorialistas ou historiadores, apenas pesquisadores compromissados com o resgate de documentos históricos para Santa Cruz do Rio Pardo, testemunhos das realizações de sua gente no espaço e tempo.
Coletados os documentos e dispostos em ordem cronológica, por assuntos, ei-los abertos aos interessados para a histórica do lugar. Não se trata, porém, de trabalho final, posto sujeito a modificações, diante de ‘novos’ apontamentos de importância para a história local.
Pouco se sabe de Santa Cruz do Rio Pardo, senão por algumas poucas obras, inclusas as regionais, sem atestados documentais, ou mesmo sem o compromisso com a verdade. Algumas obras, sem pesquisações aprofundadas, visam patrocínios e os lançamentos são quase sempre por motivações financeiras ou de interesses políticos.
Dos trabalhos escritos daquelas formas, apenas são aproveitáveis as ocorrências reflexivas naquilo que se determina inquirição por espelho, algumas a partir das informações, até concretas, embora tornadas apologéticas, outras nem tanto, a maioria apenas recorrente às ilações pretendidas, para se concluir corretas as afirmações, mesmo sem a certeza daquilo que realmente foi ou aconteceu.
A verdade, quanto às origens e formação de Santa Cruz do Rio Pardo, não aceita mais insinuações nem oficialidade tramada, e nisto se chega à conclusão que a história santa-cruzense precisa ser reescrita, de maneira independente e, acima de tudo, honesta, com a distinção da verdade com o tão somente possível, afinal, a história não é o que se gostaria ou que de outra maneira tivesse acontecido.
Sem os sofismas e as pretensões da verdade sabida, as pesquisas apresentadas são fartas e documentadas, numa sequencia cronológica por assuntos iniciados, revelando fatos reais, cruéis ou amenos, sem as caraminholas que ainda persistem na história de Santa Cruz do Rio Pardo, que tornam os acontecimentos do lugar envoltos numa malha de estranhas relações, interesses e contradições, incomuns na oficialidade histórica.
Este livro trata de parte do resgate documental do Vale do Pardo, região para Santa Cruz do Rio Pardo, século XIX e os primeiros anos de 1900, por isto os excessos de referências e recorrências aos documentos oficiais, afinal é o passado fazendo-se presente.
Para o menos enfadonho e praticidade maior, os autores disponibilizam neste livro, histórico, apenas uma parte de apanhados para os valores do município, a contar do bandeirismo pioneiro de José Theodoro de Souza e Francisco Manoel Soares, em 1851, às transformações decorrentes das ocupações territoriais predatórias. 
Os autores Celso e Junko Sato Prado - SatoPrado, 2012: https://satoeprado.blogspot.com

3.1. Esclarecimento dos autores - adendo em 2018
O trabalho elaborado em 2012, após os primeiros resgates históricos, era tudo o que se sabia de Santa Cruz do Rio Pardo e sua formação.
As pesquisas continuaram e novos documentos levantados, sendo necessário em 2015 lançar uma nova publicação, espécie de versão revista, corrigida e ampliada, e daí, à luz o título "Santa Cruz do Rio Pardo - Memórias, documentos e referências" - http://satoprado-ebook.blogspot.com.br 
Desde então, o "Santa Cruz do Rio Pardo - historiografia para o século XIX", conhecido como "Historiografia para Santa Cruz do Rio Pardo", perdeu sua excelência e foi substituído por algo mais completo para a a história santa-cruzense e regional.
Agora em 2018, a pedido, o 'Historiografia' volta a ser disponibilizado na internet, como foi editado em 2012, por ter sido 'obra de referência' para alguns trabalhos escolares.
Celso e Junko Sato Prado - SatoPrado, outubro de 2018 - https://satoeprado.blogspot.com


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